A Pikolin apresenta os resultados da 3ª campanha pela saúde acústica

Nesta terceira edição, a Pikolin instalou uma Unidade do Sono em pleno Passeio da Castelhana de Madrid para avaliar a influência do ruído no descanso e na saúde. O prestigiado Dr. Eduard Estivill e a sua equipa médica foram os encarregados de levar a cabo este estudo, monitorizando o descanso de uma pessoa de 25 a 31 de Janeiro. Os resultados do estudo demonstram que os ruídos ambientais a que foi submetido o voluntário lhe provocaram alterações na qualidade do sono.

Madrid, 1 de fevereiro de 2011.- A Pikolin, marca líder no descanso, lidera a 3ª Campanha pela Saúde Acústica, com o objetivo de consciencializar as pessoas acerca da importância do silêncio para um bom descanso. A 3ª Campanha pela Saúde Acústica, com diversas ações ao longo de dois meses, arrancou instalando na rua, pela primeira vez na história, uma Unidade do Sono na qual se levou a cabo um estudo clínico durante uma semana. Para isso, contou com a colaboração do Dr. Eduard Estivill e da sua equipa médica. O Dr. Estivill é uma referência internacional em temas de sono e saúde; atualmente, é o Diretor da Clínica do Sono do USP Institut Universitari Dexeus de Barcelona e é autor de livros tão reconhecidos como O Método Estivill.

A 3ª Campanha pela Saúde Acústica foi desenvolvida instalando na rua uma Unidade do Sono, na qual, durante toda a semana, dormiu uma pessoa anónima, e o Dr. Eduard Estivill, em conjunto com a sua equipa médica, realizou um estudo clínico para analisar qual o efeito prejudicial do ruído ambiental sobre o descanso do paciente.

O objetivo deste estudo é ver como vai reagindo o paciente ao tentar dormir com ruídos e como se vão alterando as etapas do sono quando são interrompidas. Monitorizou-se o sono do paciente e os seus movimentos corporais, para assim poder entender visualmente melhor os problemas físicos que vão surgindo e como reage o corpo humano face aos ruídos.

Objetivo científico:

Observar a influência do ruído ambiental no sono de uma pessoa saudável, através de Polissonografias noturnas, realizadas num cubículo situado na via pública, que simulava as condições acústicas de um apartamento de uma grande cidade (Madrid)

Hipótese de trabalho:

É conhecido que o ruído ambiental produz pequenos microdespertares no nosso cérebro. Estes microdespertares são de dois tipos: Awakenings, que significa que o paciente chega a um estado de vigília durante breves segundos, e Arousals, que são microdespertares, que não acordam o paciente, mas que o fazem passar de um sono profundo para outro mais superficial.

É a presença destes Arousals que, ao longo do tempo, produz a sensação de um mau descanso.

No estudo quis-se demonstrar que estes Arousals vão aumentando progressivamente ao longo dos dias em que o voluntário se mantém em condições ambientais acústicas inadequadas.

Observação:

Em nenhum momento tentou-se magnificar o ruído externo, o que poderia ter alterado os resultados científicos, mas procuraram-se umas condições ambientais credíveis (como as que enfrenta um cidadão em sua casa). Por isso, o nível de ruído a volta do cubículo do paciente foi controlado para que fosse muito similar àquele a que se submete a maior parte da população.

Metodologia do estudo:

Foram praticados 6 estudos de sono noturno (Polissonografias), com testes posteriores para controlar as variantes neurocognitivas resultantes (ansiedade, depressão, concentração, etc.)
Pratica-se um estudo de sono, no primeiro dia, na residência do voluntário.

Posteriormente praticam-se 5 estudos mais com o voluntário no cubículo na via pública nas condições acústicas do local escolhido (similares ao máximo a um apartamento de uma grande cidade).

Ao longo das 6 noites estudadas, estudam-se e comparam-se as quantidades de sono superficial, profundo e REM. O número de despertares, o número de Arousals e o número de mudanças de fase de sono (parâmetro importante que, em conjunto com os Arousals, é responsável pela má sensação de descanso

Resultados:

1ª Noite:

Quantidades das diferentes fases de sono: dentro dos limites da normalidade para a idade do paciente.

Número de microdespertares: 18. Dentro dos limites normais por ser a primeira noite de estudo do sono:

Número de Arousals: 4 (microdespertares que o paciente não recorda mas que fazem mudar de fases profundas do sono para fases superficiais). Duração: 13

Número de mudanças de fase de sono: 60

2ª Noite:

Quantidades das diferentes fases de sono: dentro dos limites da normalidade para a idade do paciente (discreto aumento do sono superficial, não significativo).

Número de microdespertares: 18. Dentro dos limites normais por ser a primeira noite de estudo do sono no cubículo:

Número de Arousals: 19 (aumento significativo) (microdespertares que o paciente não recorda mas que fazem mudar de fases profundas do sono para fases superficiais). Duração: 14

Número de mudanças de fase de sono: 65

3ª Noite:

Quantidades das diferentes fases de sono: dentro dos limites da normalidade para a idade do paciente (discreto aumento do sono superficial, não significativo).

Número de microdespertares: Dentro dos limites normais por ser a primeira noite de estudo do sono no cubículo: 16

Número de Arousals: 30 (aumento significativo) (microdespertares que o paciente não recorda mas que fazem mudar de fases profundas do sono para fases superficiais). Duração: 15.24

Número de mudanças de fase de sono: 62

4ª Noite:

Quantidades das diferentes fases de sono: dentro dos limites da normalidade para a idade do paciente (discreto aumento do sono superficial, não significativo).

Número de microdespertares: Dentro dos limites normais por ser a primeira noite de estudo do sono no cubículo:

Número de Arousals: 24 (microdespertares que o paciente não recorda mas que fazem mudar de fases profundas do sono para fases superficiais). Duração: 22.67

Número de mudanças de fase de sono: 71

5ª Noite:

Quantidades das diferentes fases de sono: dentro dos limites da normalidade para a idade do paciente (discreto aumento do sono superficial, não significativo).

Número de microdespertares: 23

Número de Arousals: (microdespertares que o paciente não recorda mas que fazem mudar de fases profundas do sono para fases superficiais). 37 Duração: 30

Número de mudanças de fase de sono: 76

* Para informação mais detalhada ver os relatórios com histograma dos vários dias.

Repercussões neurocognitivas(ansiedade, depressão, irritabilidade, concentração memória).

Estes dados são subjetivos, colhidos por teste, segundo a sensação do voluntário.

Resultados: Observa-se um ligeiro aumento dos sinais de depressão, que ainda não são significativos. Suspeitamos que se estas condições ambientais negativas persistem ou aumentam, as consequências serão mais evidentes.

Conclusões:

Demonstra-se que os ruídos ambientais aos quais foi submetido o voluntário saudável provocam duas alterações significativas.

Aumento progressivo do número de Arousals e da sua duração.

Aumento progressivo de fracionamento do sono.

Estas mudanças apoiam cientificamente o conhecimento de que o ruído ambiental ao qual estamos submetidos numa grande cidade, provocam alterações progressivas e significativas no nosso descanso, que no longo prazo, podem condicionar repercussões diurnas (aumento dos níveis de ansiedade, depressão, perda de concentração, irritabilidade e memória).

Recomendações:

Ao nível pessoal: é importante utilizar tampões de espuma de borracha que evitam uma grande parte do ruído, mas permitem ouvir o som do despertador e o choro de um bebé. Proteger ao máximo o quarto em que dormimos.

Ao nível geral: Consciencializar as autoridades que o ruído ambiental provoca alterações do sono, para além de repercutir na saúde dos cidadãos, provoca um aumento claro das despesas com a saúde. Sabe-se que as pessoas com problemas de sono apresentam um consumo mais elevado dos recursos de saúde, um maior consumo de medicamentos e um maior número de baixas no trabalho.

Para conhecer mais sobre a iniciativa, foi criado um website, www.pikolinsaludacustica.es, no qual se poderão ver os vídeos do utilizador, informação sobre descanso, ruído e saúde. Além disso, só por deixar propostas para reduzir o nível de ruído, pode ganhar-se um colchão NormActive com viscoelástica. Também há presença nas redes sociais, no Facebook há um grupo criado denominado “Por un descanso sin ruido” (Por um descanso sem ruído) que já conta com mais de 1.300 seguidores.

A saúde acústica, um problema universal

O ruído urbano (também denominado ruído ambiental, ruído residencial ou ruído doméstico) define-se como o ruído emitido por todas as fontes, com a exceção das áreas industriais. As principais fontes de ruído urbano são o tráfego rodoviário, ferroviário e aéreo, a construção e obras públicas, e os vizinhos.

Principais efeitos do ruído sobre o sono*:

Aumento da atividade cerebral, dos movimentos do corpo e das respostas autónomas.

Aumento da frequência cardíaca

Aumento da frequência respiratória

Aumento da pressão sanguínea.

* Todos estes efeitos dão-se inclusive com níveis de ruído muito baixos.

Nos últimos trinta anos, são muitos os estudos desenvolvidos com o objetivo de avaliar o efeito do ruído sobre o sono e sobre a saúde em geral. O ruído tem repercussões importantes, tanto na arquitetura e na microestrutura do sono, como sobre as funções autonómicas e, mais a longo prazo, sobre a saúde e a qualidade de vida. Os efeitos primários, as respostas que acontecem em simultâneo ou imediatamente depois da ocorrência do ruído, são o aumento da atividade cerebral, dos movimentos do corpo e das respostas autónomas. Estes efeitos acarretam numerosos despertares e mudanças para fases de sono mais superficiais, para além de uma perceção subjetiva de má qualidade do descanso. Em geral, pode dizer-se que a capacidade de alcançar as fases mais profundas do sono é a que acaba mais prejudicada pela exposição ao ruído. O ruído também tem outros efeitos imediatos, como o aumento da frequência cardíaca, da frequência respiratória, da pressão sanguínea e da vasoconstrição. Este tipo de respostas pode ser desencadeado por níveis de ruído inclusive muito baixos (Muzet, 1992).

Desde 2009, a consciencializar sobre a “Saúde Acústica”

A Pikolin pôs esta inovadora iniciativa em funcionamento em 2009. Uma das medidas estrela da primeira edição desta campanha foi a insonorização de um edifício numa das zonas mais barulhentas de Madrid, nomeadamente na praça de San Ildefonso, nos arredores de Malasaña.
Para demonstrar a veracidade da experiência, mediu-se a poluição acústica antes e depois de levá-la a cabo. O efeito foi imediato, com uma redução significativa do nível sonoro.
A melhoria no descanso foi um sucesso e serviu para que os meios de comunicação social divulgassem a notícia e contribuíssem para consciencializar sobre o problema do ruído. Os moradores do edifício tornaram-se autênticos especialistas em saúde acústica e oferecem uns conselhos muito simples para reduzir os incómodos dos que nos rodeiam.

Na sua segunda edição, a Pikolin quis mostrar dois testemunhos reais de cidadãos de Barcelona e de Sevilha que sofrem o ruído dos seus vizinhos de uma forma constante. Eles foram os protagonistas dos dois documentários que a Pikolin realizou para mostrar aos cidadãos uma realidade: o direito a descansar e dormir em silêncio.
Além disso, a Pikolin lançou o website www.pikolinsaludacustica.es, uma iniciativa inovadora na que existia o perfil de “O Mediador”, um especialista nesta problemática e na mediação de conflitos que estava ao dispor das pessoas que quisessem denunciar os seus problemas de descanso motivados por vizinhos ruidosos. Em 2009, mais de 7.000 pessoas expuseram no website da Pikolin as causas que lhes impediam de conseguir dormir adequadamente.

As principais situações foram os ruídos incomodativos provocados por: música, televisão e conversas a um volume muito elevado, eletrodomésticos como, máquina de lavar roupa e máquina de lavar loiça a funcionar durante a noite, vizinhos a entrar e a sair a bater a porta e a falar alto nas escadas, ou as conversas de madrugada com as janelas abertas.

Acerca do Grupo Pikolin

O Grupo Pikolin é o grupo líder do setor do descanso em Espanha (28% de quota de mercado), Portugal (20%) e França (30%). Conta com sete centros de produção e é constituído por seis marcas comerciais: Pikolin, Bultex, Swissflex, Lattoflex, Serta e Dunlopillo. Um vasto esforço de I+D+I e o acesso às tecnologias líderes mundiais proporcionam o elemento competitivo diferenciador do futuro.

Sobre o Dr. Eduard Estivill

O Dr. Eduard Estivill é Licenciado em Medicina e Cirurgia pela Universidade de Barcelona. Participou em numerosos estudos e desde 1989 é o Diretor da Clínica do Sono Dr. Estivill do USP Institut Universitari Dexeus de Barcelona. Também foi o autor de livros tão reconhecidos como O Método Estivill ou "Duérmete Niño" (Dorme Menino).

Para seguir a campanha em direto:
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http://twitter.com/#!/saludacustica
http://www.pikolinsaludacustica.es/videoblog/

Para mais informação
EQUIPO SINGULAR
María García
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Maria.garcia@equiposingular.es