O que é a paralisia do sono e existe uma solução?
Uma das situações mais angustiantes que podemos viver na cama é a chamada “paralisia do sono”, que ocorre quando despertamos mas não conseguimos mover o nosso corpo. E, embora à primeira vista possa parecer estranho, este fenómeno é muito comum (os estudos disponíveis estimam que metade da população sofrerá do mesmo em algum momento da sua vida).
Por isso, e porque é possível que nos aconteça um dia, é importante estarmos informados sobre tudo o que esta circunstância implica: Como saber se estamos a sofrer de paralisia do sono? Qual é a sua causa? É perigoso para a nossa saúde? Existe algum tratamento para evitar que aconteça? Como se pode prevenir? Aqui, contamos-lhe tudo sobre o assunto.
Quais são os sintomas da paralisia do sono?
Quando estamos a meio de um episódio de paralisia do sono, experimentamos durante alguns segundos ou minutos a sensação estranha e avassaladora de estarmos acordados e sentirmos que o nosso corpo ainda está a dormir, totalmente paralisado. Mas a experiência pode ir muito mais longe e, para além disso, ser acompanhada por:
- Suores mais ou menos intensos.
- Pressão no peito e/ou dificuldade em respirar.
- Dores de cabeça ou dores musculares em diferentes zonas do corpo
- Alucinações e pensamentos assustadores (podemos sentir, por exemplo, que alguém está a tentar sufocar-nos, que há uma sombra no nosso quarto ou que saímos do nosso corpo e estamos a flutuar).
O que causa a paralisia do sono?
A paralisia do sono ocorre normalmente quando estamos a adormecer ou a acordar, mas também pode ocorrer em qualquer outra altura em que o sono é interrompido. Mas porque é que ocorre?
Quando estamos a dormir, os nossos músculos voluntários estão paralisados para que não “actuemos” durante o sono, mas quando acordamos, normalmente começam a mover-se de imediato. Na paralisia do sono, há uma pequena falha neste processo que envolve o cérebro e o sistema músculo-esquelético, havendo uma dissociação entre o sono e a vigília. As causas deste erro estão relacionadas com distúrbios e/ou hábitos que afectam negativamente a qualidade do sono: apneia do sono, insónia crónica, jet lag, trabalho por turnos, narcolepsia, ansiedade, sono de má qualidade…
É também importante saber que, embora a paralisia do sono possa ocorrer em qualquer idade, é mais frequente nas crianças e adolescentes e nas pessoas com mais de 60 anos.
Existe tratamento para a paralisia do sono?
Não existe um tratamento específico ou farmacológico para a paralisia do sono. No entanto, não deve entrar em pânico: saiba que, apesar de ser um fenómeno muito incómodo, não representa um risco de vida e que, em poucos segundos ou minutos, terminará e terá recuperado o movimento. Além disso, se tiver sorte e alguém estiver perto de si durante o fenómeno, é muito provável que consiga “acordá-lo” apenas tocando-lhe.
No entanto, o que pode fazer para evitar a paralisia do sono é reduzir os seus níveis de stress e fazer do seu descanso uma prioridade, mantendo bons hábitos de higiene do sono.
A paralisia do sono é perigosa?
Felizmente, a paralisia do sono não é perigosa e, mesmo que durante um episódio se sinta que vai morrer, isso nunca acontecerá. No entanto, também não podemos dizer que se trata de um distúrbio completamente inofensivo, pois pode gerar muita ansiedade em quem o experimenta, afectando o seu humor e o seu desempenho durante o dia. Por isso, é muito importante fazer tudo o que for possível para o evitar.
Prevenir a paralisia do sono
Para evitar episódios de paralisia do sono, cuide da qualidade do seu descanso. Dê-lhe prioridade e dedique o número de horas recomendado ao sono noturno (entre 7 e 9 horas por dia). Além disso, evite substâncias nocivas para o seu organismo (principalmente álcool, bebidas estimulantes ou tóxicas), não faça grandes refeições antes de dormir e dedique algum tempo do dia ao relaxamento para reduzir o seu nível de stress. Além disso, dormir de lado e não de costas pode ser uma grande ajuda.
No entanto, se tiver uma doença (como a apneia do sono) que possa afetar o seu sono, recomendamos que consulte o seu médico e lhe peça orientações de higiene do sono adaptadas ao seu caso particular.
